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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O apuro dos meus pecados...(8)

Canto e conto por miúdo
o apuro dos meus pecados
contorcionismos de olhares
baião de dois bem grudado
uma paixão terrorista
de bala trintaeoitista
perfura o peito blindado

Canto e conto por miúdo
as cores deste pecado
afagos brancos, somente
calor, vermelho aprubrado
pecado preto o bastante
borboletinha pousante
baunilha e rosto rosado

Agora, peço perdão pelos meus pecados prediletos
os imensos cajueiros tinham trocado de roupa
o amarelo estava verde, florado de maturís,
a hóstia do por do sol era aquela coisa abóbora
no desvão do frmamento
foi quando ela se entronou, de moça pura e faceira
parecia uma roseira com a pétala dos lábios
sumarenta e sem batom
nasceu indelicada de agrados
cabelos pedindo afago
feito um cachorrinho novo
aos poucos, as acheganças
chazinho de espia-só,
e assim como os cajueiros fomos perdendo as folhagens
tivesse as suas ramagens, uma unica folha em parreira
um floral acanhadinho, um brotozinho discreto,
eu nem estaria aqui pra lembrar, nem revelar
meus pecados prediletos...
isso é um pecado!
jessier quirino

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